Quem me dera se um beija flor eu fosse
Desse um beijo na cândida flor de ébano
Desse um beijo na cândida flor de ébano
Flor lânguida do bico de teu peito
E no vale do seio adormecesse
Quem dera se meu nome pronunciasse
A tua boca, convulsa, intercalando
Sílabas por entre gemido e beijo
Entre súplicas e compunção latente.
Tuas firmes mãos a agarrar meu cabelo,
Impenitente e dolente, teu corpo
Cálido em ânsia febril envergasse.
Em fértil seara sem espantalho
Eu, pássaro louco, vôo em desvairo.
Áh! Quem me dera se eu te possuísse.
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